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Hospitais
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A Maria Ofélia Jardim, nossa amiga de há muito e (único!) esteio moral pessoal desde o falecimento materno, esteve hospitalizada em Almada na semana anterior à do natal (vai para os noventa anos e a saúde acusa a idade...).

Disse cobras e lagartos do espaço. Sobretudo do tratamento que as auxiliares das batas azuis dispensam aos doentes... . Mas, por vezes, até as das batas brancas... . Ou mesmo outros... .

Bem sabemos do que ela falava. Pois levámos a nossa mãe para 11 internamentos hospitalares e em Leiria as SENHORAS das batas azuis até lhe chamavam «ó Ti Maria». «Ora: chamamos isso a todas», justificavam-se.

Presenciámo-lo na primeira pessoa! Assim como a outros tratos mais impacientes ou mesmo bruscos! Como exemplos: simples ralhetes. Para não esquecer, ainda, o terem-na deixado regressar a casa toda assada de urina da última vez que ali esteve internada! Facto que quase nos fez comprar uma guerra com o então administrador hospitalar ali... (que respondeu por correio a e-mail nosso velando ameaça de procedimento – certamente por «difamação» ou outras ridicularias judiciais afins). E para se evitar resolver a coisa NA MARRA, que o faríamos (!), nem sequer se respondeu à criatura. Por isso nunca mais se tendo voltado àquele hospital... (o que talvez tenha sido um erro, a ver por como tudo acabou...). Ainda que justiça seja feita: nunca em Leiria lhe fora negado internamento e o rastreio no atendimento sempre profissionalmente eficiente e profilático. O que também nos fez ponderar atitudes radicais que nos caraterizam.

Claro: por trás dos «tis marias» e outras popularuchices está o princípio que reza «todos serem iguais»! Interpretado muito à portuguesa, que assim andam as coisas sobretudo após uma pseudorrevolução que dizem ter havido para aí há uns 39 anos... (essa a substancial diferença entre Espanha e Portugal: chegados os dois quase simultaneamente ao atual regime político representativo multipartidário parlamentar de eleição cíclica a que equivocamente denominam «democracia», a Espanha todavia não teve PREC’s nem ficou arrestada a um complexo pretensamente esquerdista, justamente por essa razão, pelo que se desenvolveu mais, melhor e a outro ritmo, revelando uma mentalidade empresarial digna de nota, embora esteja agora a ser vítima da mesma crise financeira de génese puramente especulativa e também seja presa da hipocrisia geral que o já globalizado politicamente correto de facto constitui).

Todavia e em Inglaterra, pelo que nos narraram, a coisa ali por vezes não é muito melhor em termos hospitalares. Será?

[E ela acabou por vir a falecer naquela HIPÓTESE de hospital em Abrantes, de gente muito austerazinha, assim partindo autenticamente como uma Ti Maria, tendo toda aquela gente que lá tive de contatar por minha vez me tratado como um Ti Manel!! Mas haveremos de acertar contas; não sei como, mas HAVEREMOS! Pois não sou cristão e pago o mal não com o mal, mas com implacabilidade.]

 

Edmundo Vallellano,

3-1-2014.